Economia
Trump ataca Musk após anúncio político e ações da Tesla afundam quase 7%
A criação do novo partido político por Elon Musk está a aprofundar a tensão com Donald Trump e a gerar uma nova pressão sobre a Tesla.
As ações do fabricante de veículos elétricos caíram quase sete por cento no pré-mercado esta segunda-feira, em plena reação de investidores preocupados com a possibilidade de o empresário se afastar da gestão da empresa, numa altura em que enfrenta queda nas vendas e concorrência crescente.
No domingo, Trump criticou os planos do fundador da Tesla e da SpaceX de criar o chamado "Partido América", considerando a iniciativa "ridícula"."Terceiros [partidos] nunca funcionaram, então no máximo ele pode-se divertir com isto", declarou o presidente norte-americano, sublinhando que os Estados Unidos "sempre foram um sistema bipartidário".
"É triste ver Elon Musk sair completamente dos trilhos", escreveu Trump na rede social Truth, depois de semanas de desentendimentos públicos com o empresário.Investidores receiam "um Musk distraído"
Os investidores temem que Musk se dedique ainda mais à política, em detrimento da Tesla, num contexto em que as ações já perderam 35 por cento desde o pico alcançado em dezembro, tornando-se o pior desempenho entre o grupo conhecido como "Sete Magníficos", composto por empresas tecnológicas de alto crescimento."Os investidores estão preocupados com duas coisas: uma é mais uma ira de Trump que afeta os subsídios e a outra, mais importante, é um Musk distraído", comentou Neil Wilson, estrategista da Saxo Markets.
As consequências começaram a notar-se logo após o anúncio. O CEO da empresa de investimentos Azoria Partners, James Fishback, pediu que o conselho de administração esclarecesse se as ambições políticas de Musk são compatíveis com as responsabilidades que tem na empresa.
"O novo partido mina a confiança dos acionistas de que Musk se concentraria mais na Tesla", criticou Fishback no X.
No domingo, Trump criticou os planos do fundador da Tesla e da SpaceX de criar o chamado "Partido América", considerando a iniciativa "ridícula"."Terceiros [partidos] nunca funcionaram, então no máximo ele pode-se divertir com isto", declarou o presidente norte-americano, sublinhando que os Estados Unidos "sempre foram um sistema bipartidário".
Trump aproveitou ainda para divulgar que o seu novo orçamento elimina subsídios aos veículos elétricos, um corte que atinge diretamente a Tesla.
A Tesla registou recentemente a segunda queda consecutiva nas entregas trimestrais agravando a perceção de que a empresa tem dificuldade em manter o crescimento face à concorrência de fabricantes chineses e a uma gama de modelos envelhecida.
Os investidores temem que Musk se dedique ainda mais à política, em detrimento da Tesla, num contexto em que as ações já perderam 35 por cento desde o pico alcançado em dezembro, tornando-se o pior desempenho entre o grupo conhecido como "Sete Magníficos", composto por empresas tecnológicas de alto crescimento."Os investidores estão preocupados com duas coisas: uma é mais uma ira de Trump que afeta os subsídios e a outra, mais importante, é um Musk distraído", comentou Neil Wilson, estrategista da Saxo Markets.
Dan Ives, analista da Wedbush admitiu que muitos investidores começam a sentir uma "sensação de exaustão" com o envolvimento político de Musk.
"A Tesla precisa de Musk como CEO, e não de o ver seguir o caminho político mais uma vez, sobretudo entrando em conflito com Trump", alertou o analista.
As consequências começaram a notar-se logo após o anúncio. O CEO da empresa de investimentos Azoria Partners, James Fishback, pediu que o conselho de administração esclarecesse se as ambições políticas de Musk são compatíveis com as responsabilidades que tem na empresa.
"O novo partido mina a confiança dos acionistas de que Musk se concentraria mais na Tesla", criticou Fishback no X.
O conselho de administração da Tesla tem sido alvo de críticas por não supervisionar o CEO que ocupa manchetes políticas enquanto supervisiona outras cinco empresas.
Para especialistas em governo societário, o conflito com Trump e o novo partido tornam mais urgente uma tomada de posição.